Da Região de Áries, o Cristo, como uma luz brilhando no interior, como um Sol interno na alma livre e plenamente consciente, traz a você liberdade de ser você mesmo.
DÉCIMA SEGUNDA NOITE SANTA: 5 de janeiro
Um novo Sol e um novo dia, e a última noite desta Ascenção através das hierarquias espirituais.
Alcançamos o último degrau da escada que nos transportou imaginativamente para as fronteiras do universo através do conhecimento das hierarquias espirituais.
A Constelação de Áries é o portal por onde o Eu do Cosmos entrou na esfera da existência humana. Este é o portal por onde o filho de Deus, o Eu cósmico, adentrou da esfera macrocósmica, da esfera de Brahman, Javé, de Alá, da esfera do divino, para a nossa existência.
As forças de Áries configuraram a cabeça humana que vence a força da gravidade e se eleva proporcionando a ampliação dos horizontes humanos. Através desse portal ressoa no íntimo, vindo da região macrocósmica, a voz de Deus: “Este é meu filho muito amado, hoje eu lhe dei a existência”.
O reconhecimento une o Natal ao Batismo.
O Natal como o nascimento natural da criança primordial e o Batismo como o posterior nascimento do ser divino, como uma luz brilhando no interior, como um Sol interno na alma livre e plenamente consciente.
Jesus de Nazaré andou um longo caminho até o rio Jordão. Ao batizar Jesus, João Batista lega à humanidade a poderosa imagem do Novo Homem, aquele que alcançou toda a sua grandeza e se desenvolveu partindo de suas próprias forças.
A voz de Deus é a voz da consciência humana que faz a ponte entre a dimensão terrena e a dimensão cósmica e traz para o ser humano a possibilidade de se tornar, no futuro, o ser da liberdade e do amor, a décima hierarquia espiritual.
Na jornada biográfica, muitas vezes usamos filosoficamente o termo Epifania para nos referirmos a uma vivência de realização, ao sentimento de uma súbita compreensão relacionado com a revelação de algo que é da natureza espiritual.
O texto de Steiner ilustra essa predisposição que existe em cada indivíduo: “Todo ser humano traz em seu interior, ao lado do seu – podemos denominá-lo assim – ‘ser humano cotidiano’, ainda um ‘ser humano superior’. Este ser humano superior permanecerá oculto até ser despertado. E somente por ‘si mesmo’ cada um poderá despertar esse ser humano superior dentro de si. […] Para todos os que assim procederem, chegará o dia em que, ao seu redor, haverá uma luz espiritual onde um mundo novo se descortinará a uma visão até então desconhecida”. (STEINER, Rudolf. O conhecimento dos mundos superiores: a iniciação. 7.ed. São Paulo: Antroposófica, 2007.)
A vigília, feita ao longo do transcorrer das Noites Santas, potencializa as forças para o nosso desenvolvimento pessoal, nos doze meses do próximo ano. Cada noite encontra sua correspondência na sequência dos meses. Imaginativamente, podemos colocar a cada noite e para cada mês os nossos sentimentos, as nossas intenções e imagens do futuro que queremos. Uma atenção especial deveria ser dada aos sonhos como mensageiros do espírito.
Nesta noite, pense em uma Graça que você quer alcançar.
Da Região de Áries, o Cristo, o próprio Filho de Deus, traz a você liberdade de ser você mesmo, você mesma!
Com certeza eu caminho pela vida,
Com amor no íntimo do meu ser,
Com esperança em tudo que eu faço,
Com confiança no meu pensar,
Forças jorrem do meu coração.”
Acompanhe todas as páginas com o ciclo completo das Doze Noites Santas: https://www.continuamente.com.br/tag/12-noites-santas/
fonte do texto:
ANDRADE, Edna. As Doze Noites Santa [Site Festas Cristãs: <http://www.festascristas.com.br/12-noites-santas/12-noites-santas-textos-diversos/483-as-doze-noites-santas-edna-andrade>]. Acesso em 24 dez 2020.
Palestra proferida por Edna Andrade na Clínica Tobias em São Paulo no Natal de 2006.
ANDRADE, Edna. Décima primeira Noite Santa: 4 de janeiro [Site Biblioteca Virtual da Antroposofia: <http://www.antroposofy.com.br/forum/decima-segunda-noite-santa-5-de-janeiro-2/>]. Acesso em 05 jan 2021.
ANDRADE, Edna. A jornada meditativa das doze Noites Santas. São Paulo: Editora Antroposófica, 2020. p.53-54.
Gravação com narração de Mirna Grzich, produção de Gabriel Lehto